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domingo, 12 de junho de 2011

o sobrenome BARROS


BARROS

Sobrenome de origem geográfica.
De barro, subst. comum (Antenor Nascentes,II39,).
Família que começou a ser conhecida em Portugal, no tempo do rei D. Diniz (1281).

É bastante incerta a origem desta família, pois os autores não são consensuais acerca do seu progenitor. O mais antigo deste apelido, de quem parece poder deduzir-se a linhagem dos Barros, é Fernão Dias de Barros, morador no lugar de Barros, no concelho de Regalados, solar da família, que se supõe vivesse nos reinados de D, Afonso IV e D.Dinis.

Pretendem os linhagistas que fosse filho de Diogo Lopez de Haro, senhor da Biscaia, o que a cronologia parece desmentir
"..Fernao Dias de Barros passou ao Reyno de Portugal do de Byscaia por hum delito e foi o prº que uzou do Apellido de Barros q tomou do Lugar de Barros onde fez o seu assento" (Fonte: NFP tomo III, pag.39)
Posto que alguns autores genealógicos e heraldistas façam diferença entre Bairro e Barros, dizendo que são linhagens diversas, assim não é na verdade, porque indistintamente se empregaram as duas formas, a primeira das quais foi muito usada até princípios do séc. XVII.O bispo de Malaca, D. João Ribeiro Gaio, fez--Ihes os seguintes versos.

“De marca e belicosa /se vê os de Barros solar/gente goda e generosa/em Biscaia não tem par/ e cá é mui valorosa”
Manuel de Sousa da Silva também, numa das suas quintilhas, lhes assinalou o valor, dizendo:

"Lá desse lugar de Barros/ Tomaram o apelido / de todos bem conhecido /Os cavaleiros bizarros/Quetêm seu nome subido"

Em site de Gaio Camargo podemos ler o seguente sobre o nome BARROS:


Brasil: Numerosas foram as famílias, que passaram com este sobrenome para diversas partes do Brasil, em várias ocasiões.
Não se pode considerar que todos os Barros existentes no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, isto porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica, ou seja, tirado do lugar de Barros.

O mesmo se aplica no campo da heráldica; jamais se pode considerar que uma Carta de Brasão de Armas de um antigo Barros, se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome, isto porque não possuem a mesma origem.
Antigüidade:
Um dos mais antigos indíviduos com este sobrenome, relacionado com o Brasil, foi o donatário João de Barros [1446, Vizeu - 1570, próximo a Pombal, em sua quinta de Alitem].
Sobre João de Barros, escreveu o Prof. Gilson Nazareth, em sua Tese de Doutorado 
«O Imaginário Fidalgo de Uma Sociedade Burguesa [p.95]»: É apresentado, mais usualmente, como pertencente a uma família de letrados sem que estes sejam citdos. É também dado como filho natural de um fidalgo que se chamaria Lopo de Barros, criado e educado no Paço ao tempo de D. Manuel. Em 1522, era Feitor da Fortaleza de São Jorge de Mina. De 1525 1530 foi Tesoureiro da Casa da Índia e da Casa da Mina e Tesoureiro-Mor da Casa de Ceuta. De 1533 1567 foi Feitor das Casas de Guiné e Índias. Em 1535 em sociedade com os também donatários, Alvares de Andrade e Aires da Cunha, enviou esquadra de navios para explorar o Maranhão a procura de ouro. Deixou vasta obra e consagrou-se como escritor. De origem burguesa ou da pequena nobreza se certas as afirmações vagas de sua origem. Letrado e alto funcionário fazendário. Sua descendência natural ocupou altos cargos na colônia e ao menos parte dela se confunde com a dos primeiros povoadores».
Parte de sua descendência assinava Cardoso de Barros (v.s.).

No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, a de Gregório de Barros[c.1593 - 1642, RJ], que deixou descendência do seu casamento com Guiomar Rodrigues (Rheingantz, I,233). Rheingantz registra mais 39 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosas descendências no Rio de Janeiro. Existiram duas importantes famílias, com este sobrenome, estabelecidas na região do médio Paraíba do Estado do Rio de Janeiro.

- A primeira, procede de Manuel José de Barros [c.1775 -], que deixou numerosa descendência do seu casamento com Maria da Luz Siqueira. Entre os descendentes do casal, cabe registrar:

I - o Alferes Antônio José de Barros [Sacavem, Loures, Lisboa -], que emigrou para o Brasil, onde deixou numerosa descendência do seu casamento, com Cândida Esméria de Souza [São João del Rey, MG - 14.05.1842, Quatis, RJ - antigo distrito de Barra Mansa]. Deixou inventário (Cartório do 2º Ofício, Maço 8, pacote 102). Filha de Manuel Ferreira Leite - membro da importante família Leite Ribeiro (v.s.), de Minas Gerais, e de Josefa de Souza Monteiro.

II A segunda, procede do Tenente Manuel Carlos de Barros [c.1806 -], Alferes da Guarda Nacional de Barra Mansa, onde alcançou a patente de Tenente. Foi um dos importantes administradores de Barra Mansa. Idealizou a fundação da Casa de Saúde para asilar pobres, doentes e escravos. Vereador (1841-1845). Presidente da Câmara Municipal de Barra Mansa, para o triênio de 1845 a 1849. A Câmara aprovou a resolução do presidente Barros de criar o "Largo Municipal", no local onde se ergueria o Paço Municipal. Por iniciativa do Tenente Barros, foi fundada, em 1859, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, cujo compromisso foi aprovado por Provisão Episcopal de 08.05.1861 e, confirmado por Carta Imperial de 30 de dezembro do mesmo ano. Alferes da 1ª Companhia da 11ª seção de Batalhão de Infantaria da Reserva da Guarda Nacional de Barra Mansa e Rio Claro, em 1867. Procurador da Câmara Municipal de Barra Mansa (1879). Deixou descendência do seu casamento com Maria Luiza do Espírito Santo [1810 - 09.05.1852, de parto, Barra Mansa, RJ].

Entre outros, foram pais de Amélia Augusta de Barros [1830, Barra Mansa, RJ - ?], que por seu casamento, tornou-se a matriarca da família Barros de Faria (v.s.), da mesma região do médio Paraíba, do Estado do Rio de Janeiro.


Em São Paulo, entre outras: de origem espanhola, a de Jorge de Barros Fajardo [Galiza - 1615], casamento com Ana Maciel (Silva Leme, VIII, 151).
Ainda, em São Paulo, a família Paes de Barros, que vem da Sorocaba e Itu para Sao Paolo e liga-se com a familia Aguiar. (em esse blog) Descendentes de Pedro Vaz de Barros e Luzia Leme.

Em Pernambuco, estão os descendentes de Duarte de Barros, casamento, em Portugal [séc. XVI], com Ana Dias Aranha;
os de Manuel de Barros Maduro [n.Vizeu], que chegou ao Brasil, por volta de 1640. Cas. com Ana Lourença Coutinho.

Na Bahia, entre as mais antigas, a do jesuíta Bartolomeu de Barros, expulso da companhia no século XVII. Nascido na vila de Tomar. Casou na Bahia, com Isabel de Almeida, filha de Adão Francisco Rabelo e de Brites de Almeida. Com geração, por onde corre o sobrenome composto Barros de Almeida (Jaboatão, 898). Francisco Carvalho Franco, em seu Nobiliário Colonial, registra, entre outros:

I - Manuel Gomes de Barros, filho de Pedro Romé. Teve lançamento do hábito da Ordem de Cristo, em 14.03.1647, pelos serviços prestados na cidade do Salvador, Bahia, por ocasião das guerras holandesas; e outros mais, como no cerco de Viana e em companha de D. Gastão Coutinho, na restauração de Portugal (pág. 32);

Ainda na Bahia Afonso da Franca, "o velho", homem honrado e fidalgo de bom procedimento segundo Frei Jaboatão, que veio para a Bahia em 1602. Era casado com D. Catarina Corte Real, com quem tivera vários filhos. Dentre seus filhos destacam-se: João de Barros de Franca, que lutou nas guerras contra os holandeses e faleceu solteiro; Margarida da Franca, primeira esposa do grande Salvador Corrêa de Sá; Leonor da Franca, casada com Manuel Gonçalves Barros, tiveram como filho Manuel de Barros da Franca, militar que se destacou no Brasil e em Portugal, tornando-se fidalgo da Casa Real, “em atenção ao seu grande valor, disciplina militar, e eqüestre muita experiência da guerra”;


II - Paulo de Barros, natural de Ponte de Lima, filho de Gonçalo de Araújo. Teve mercê do hábito da Ordem de Cristo em 16.02.1647, pelos serviços prestados na armada de D. Luís Fajardo, no cerco da cidade do Salvador [Bahia], feito por Maurício de Nassau, e no posto de almirante da armada guarda-costa da Bahia.


Ainda, na Bahia, a antiga família de Pedro de Barros, filho de João de Amorim e de Isabel de Barros. Deixou geração do seu cas. com Joana Rodrigues. Foram:
 
a) pais de João de Barros, casado com Isabel de Veloso, neta de Antônio Veloso, chefe desta família Veloso (v.s.), na Bahia

b) avós de Damião de Barros Galvão, familiar do Santo Ofício, casado com Catarina da Conceição; e

c) bisavós de Francisco Xavier de Barros, natural da freguesia do Santíssimo Sacramento do Pilar, da cidade de Salvador, BA. Capitão de uma das companhias do terço auxiliar da Ilha de Itaparica, BA. Teve mercê da Carta de Brasão de Armas, que segue.


Linha Africana:
Sobrenome também usado por famílias de origem africana.
No Rio de Janeiro, entre outras, a de Ascenço de Barros, «pardo», que deixou filha natural, por volta de 1694, com em Mariana, «parda liberta»; e de Estevão de Barros [1695, RJ- ?], filho de Antônio Cardoso da Silva, «pardo», e Margarida da Fonseca (Rheingantz,,I,233,299). 

Cristãos Novos:
Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. 
No Rio de Janeiro: os descendentes do licenciado Álvaro de Barros [1624 - 1708, RJ], advogado, filho do citado Gregório de Barros, chefe de uma das várias famílias Barros (v.s.), do Rio de Janeiro.
O «sangue cristão-novo», entrou nesta família Barros, através do adv. Álvaro de Barros, por via do seu casamento, em 1665, no Rio, com Beatriz de Lucena [1650, RJ - ?], filha do Dr. Sebastião de Lucena Montarroio e de Beatriz de Paredes. N.p. de Diogo Montarroio, chefe desta família Lucena Montarroio (v.s.), do Rio de Janeiro; e n.m. de Manuel de Paredes da Costa, patriarca desta família cristã-nova, Paredes da Costa (v.s.), do Rio de Janeiro. 
Os descendentes dos irmãos do licenciado Álvaro de Barros, não sofreram qualquer perseguição, o que comprova a entrada do «sangue cristão novo», por via do seu casamento (Rheingantz, III, 58).
Ainda no Rio de Janeiro, a família de André de Barros de Miranda [c.1628 - 1685, RJ], morador no Rio de Janeiro, casamento com Inês Aires da Silva - que teve mais de 10 pessoas de sua família, condenadas e queimadas em estátuas, pelo auto de fé de 1714 (Wolff, Dic.I,20-22). Família de origem judaico-sefardita, expulsa da península Ibéria, em fins do século XV, migrada para o Marrocos, norte da África, de onde passou, no século XIX, para a Amazônia [Brasil], estabelecendo-se no Município de Breves, estado do Pará. Teve princípio em Jacob Isaac Barros [c.1871, Marrocos -], filho de Isaac Barros e de Zahrá Barros. Comerciante no Pará, no rio Jaburu, município de Breves, Casado. Naturalizado brasileiro a 21.09.1898 (Wolff, Dicionário, II, 32).

É importante observar que não tenho condições de afirmar de qual família se originaram os varios Barros atuais, a não ser que se faça um rigoroso levantamento genealógico das famílias atuais e seus entroncamentos com os ancestrais do tempo da colônia. Isto não ocorre só com os Barros, mas com muitas outras famílias, como por exemplo, os Souza, os Lopes, os Bicudos, os Carvalhos, os Correa, etc. etc.
 
Fontes: 
- familybook of the Freitas de Camargo by Caio Freitas de Camargo in familytree maker.com
- familia Cavalcanti
- geneall.net

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