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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Bento Paes de Barros, 1° Barão de Itu, 4° avô de Tiffany

Atualizado settembro 2022 por Tiffany

Bento Paes de Barros, 1° barâo de Itu, (4° avô de Tiffany) nasceu ca. 1788 em Itu, SP, foi filho de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado. Foi bapitzado em dia 31.12.1788 em Itu e faleceu em 1858. 


Baptismo de Bento Paes de Barros, filho de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado , Nossa Senhora de Candélaria, Itu 30.12.1788.



Bento Paes de Barros
1° barão de Itu,
4° avô de Tiffany,
Fotografia do Acervo
de Marquesa de Itu,
sua sobrinha e nora.
Bento Paes de Barros foi Irmão de:
  • Angela Ribeiro de Cerqueira (nome e sobrenome de avó paterna e batizada no dia 03 de avril 1779 em Itu) casada em 1795 com José Manuel de Mesquita.
  • Anna Joaquina de Barros, batizada 27.01. 1781 em Itu, SP, casou em 19.09.1797 João Xavier da Costa Aguiar, membro do clã Santista, natural do Portugal. Moraram em Santos onde ela faleceu em 11.03.1837.
  • Genebra de Barros Leite, nascida ca 1782 e falecida 1836 em Lisboa, casada com 1. vez Brigadeiro Luis Antonio de Sousa, em 19.9.1797 e 2. vez com o Marquês de Monte Alegre em 1822.
  • Escholastica Joaquina de Barros, nascida em cerca. 1786, casada com o ouvidor géral Miguel Antonio de Azevedo Veiga
  • Capitão Chico de Sorocaba, Francisco Xavier Paes de Barros, nascido 1795 (batizado 31.05.1795 em Itu SP) e falecido em 1875, casou em 1827com Rosa de Aguiar, irmã do Brigadiero Rafael Tobias.  (ele e sua mulher são tambem  4°s avôs de Tiffany, por ser pais do Barão de Tatui,  3° avô de Tiffany),.
  • 1° Barão de Piracicaba, Antonio Paes de Barros, nascido em Itu 1791 e falecido 1876 em São Paulo, casado com Gertrudes Eufrosina de Aguiar, nascida cerca 1798.
  • Joaquim Floriano de Barros, nascido ca. 1796, falecido em 1830, casado com sua prima Eliza Guilhermina de Mesquita, avôs do Dr. Francisco Fernando Paes de Barros, o Pai de Salto.
  • Maria de Barros Leite, ( Maria Paula souza é o sobrenome de casada) batizada 02.11.1804 em Itu SP (nascida 21.10.1804), falecida 10.4.1898. Ela casou  seu primo, o conselheiro e senador Francisco de Paula Sousa e Mello, nascido em 1791 e falecido em 16.08. 1851.

Ascendencia

Antonio de Barros Penteado nascido ca em 1740 e baptizadao aos 2 anos em 1742 em São Roque, era filho de Fernão Paes de Barros e Angela Ribeiro Leite ou Cerqueira. Faleceu em 1822 em Sorocaba.
Sobre ele se pode ler na genealogia paulistana de Taques:
Capitão Antonio de Barros Penteado, f.º do capitão Fernão Paes § 2.º foi às minas com seu irmão o capitão José de Barros n.º 2-5 e, na exploração da mina da Melgueira, conseguiu tirar em alguns anos uma arroba de ouro, com o que, voltando para S. Paulo, comprou terras em Itu onde ficou estabelecido. Casou-se em 1778 em Itu com Maria Paula Machado f.ª do capitão-mor Salvador Jorge Velho e de Genebra Maria Machado. Tit. Jorges Velhos. “
(nota: uma arroba corrisponde cerca à 14 kg)

O pai de Antonio de Barros Penteado, Fernão ou Fernando Paes de Barros descobriu ouro no rio Guaporé, Mato Grosso, nos anos 1730. Fernando era filho de Beatriz de Barros (bisneta de Pedro Vaz de Barros que veio de Portugal para o Brasil em ca. 1598, dando origem à família Paes de Barros com a sua esposa Luzia Leme) e Manoel Correa Penteado, primo de Beatriz. (leia sobre o parentesco deles aqui )

Do lato materno Bento Paes de Barros descende dos Jorge Velhos. Sua mãe Maria Paula Machada foi filha do cap.-mor de Itu, Salvador Jorge Velho e Genebra Maria Machado. Salvador Jorge Velho e sua mulher legaram à sua descendência aos tradições dos Jorge Velho, aos Penteados e aos Paes de Barros. 
Por todos essos troncos, os filhos de Antonio de Barros e Maria Paula Machado (5°s avós de Tiffany), participavam da nobreza paulista, costituida da essa casta dos descendentes dos primeiros povoadores portugueses e das 'indias guaianazes que os desposaram. Seus avôs maternos se haviam estabelicido com mineração de ouro em Sâo João d'El Rey. 
Ainda em 1819 Genebra de Barros Leite, a irmã  de Bento Paes de Barros, era a jovem viuva do rico brigadeiro Luiz Antonio de Souza, uma "primeira dama" da sociedade paulista que casou em 2as nupcias com Jose de Costa Carvalho, mais tarde (depois a morte de Genebra em 1836) barâo, visconde com grandeza e marques de Monte Alegre em 1854. (José de Costa Carvalho foi eleito deputado pela Bahia à Assembleia Geral nas legislaturas de 1826 a 1833, em 1827 fundou o O Farol Paulistano, primeiro periódico impresso e publicado em São Paulo. Após a abdicação de D. Pedro I, em 1831, foi eleito para a Regência Trina Permanente, com o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva e João Bráulio Muniz)

Biografia

Bento Paes de Barros (1788 – 1858), 1° Barão de Itu nasceu 1788 em Itu, bapizado em 30.12.1788 e foi um político influente de seu tempo. Ocupou o cargo de capitão-mor da Vila e foi vereador em 1832. Ele e seu irmão Francisco Xavier Paes de Barros o capitão Chico de Sorocaba (tambem 4° avô de Tiffany), lideraram as tropas de Itu na Revolução Liberal de 1842, motivo que os levou a serem perseguidos. Documentos historicos parecem indicar que o 2° marido de Genebra de Barros Leite e cunhado do Bento e Francisco Xavier, o José de Costa Carvalho nunca mereceu simpatia dos de Barros de Itu.
Chico de Sorocaba, irmão mais novo de Bento, foi comandante da Guarda Nacional e membro do Partido Liberal e participou da Revolução de 1842 ao lado do seu cunhado Rafael Tobias de Aguiar, governador de S. Paulo. Francisco Xavier Paes de Barros foi casado com outra irmã do brigadeiro Rafael, Rosa Candida de Aguiar (são tambem 4°s avós de Tiffany).

Bento Paes de Barros casou em 24.12.1820 no oratorio de sua sogra, Dona Eufrozina Ayres, em Sorocaba com Leonarda Francisca de Aguiar Barros, irmã de Rafael Tobias de Aguiar, sorocabano, líder maior da Revolução de 1842. Ela 14 anos, ele 32 !! Foi testemunho Antonio Paes de Barros, futuro barâo de Piracicaba (1876) , irmão de Bento.

casamento de Bento Paes de Barros com Leonarda Francisca de Aguiar Barros em dia 24.12.1820 no oratorio de sua sogra em Sorocaba. Registro Nossa Senhora do Ponte, Sorocaba


Em 1822 Bento Paes de Barros estava entre os rebeldes da Bernarda de Francisco Ignácio (irmâo do seu cunhado Luiz Antonio de Sousa Queiros). 
Em 1824, por professar ideias liberais foi intimado à ir ao Rio de Janeiro, junto com os irmãos Antônio e Francisco, à prestar contas ao Ministro da Justiça.

licença para engenho de açucar em Itu, SP
Em Piracicaba o capitão Bento tive terras no Sitio denominado Pinhal com fabrica de açucar e com 30 escravos. Dizem que ajudou na criação da Freguesia de Araraquara, intercedendo junto às autoridades, demarcando o terreno da quadra inicial que deu origem ao povoado e também doando a primeira imagem sacra de Sao Bento que ornamentou o altar. 

Pertenceu ao Partido Liberal e na Revolução de 1842 foi presidente da Junta Militar, incumbida de angariar fundos para o movimento revolucionário. Documentos historicos parecem indicar que o José de Costa Carvalho o 2° marido de Genebra de Barros Leite, irmã de Bento Paes de Barros, nunca mereceu simpatia dos de Barros de Itu. 

Em Itu  onde havia nascido e foi criado era dono de vários engenhos como “Gramado” e “São João” e do sitio Campos Elísios que ele herdou do seu pai, Antonio de Barros Penteado que já era, em 1784, um dos principais senhores de engenho do Oeste paulista. 

No seu testamento Antonio de Barros Penteado formalizou o seu desejo de que somente um dos herdeiros homens devesse assumir o rentável engenho do sítio Campos Elíseos, o que se justificava, segundo ele, pela sua indivisibilidade.- A despeito de a documentação arquivada não fornecer informações sobre a escolha do varão privilegiado, sabese, pela relação de bens distribuídos a cada um, que o canavial passou a ser administrado por Bento Paes de Barros, o mais velho dos filhos homens; como reflexo da decisão paterna, pouco depois, no maço de população de 1830, Bento, sucessor do pai aos 42 anos, já ostentaria o título de capitão-mor ituano e declararia a posse de 99 escravizados, número máximo daquela vila, na epoca. 

Alguns historiadores acham que este sitio Campos Eliseos sobreviveu na atual fazenda Paraiso, chamado tambem engenho "Tiête" anteriormente. Ainda nao encontrei documentaçao sobre isso. Seria muito bom saber mais sobre essas terras antigamente pertencente ao Antonio de Barros Penteado e depois ao filho dele, Bento Paes de Barros .

Em 12.10.1846 Bento Paes de Barros recebeu o titulo do Barão de Itu (conforme Decreto Registrado no Livro VII, Pag. 110, Seção Histórica do Arquivo Nacional). Foi o primeiro entre os filhos e descendentes de Antonio de Barros Penteado à obter um titulo de nobreza e foi tambem o primeiro titulo de nobreza a ser conferido à um ituano ! Tirou um dos brasões dos "Barros", com differença da qual do seu primo Falção (conferido em brasão esquartelado), por hãver estrelas de 5 pontas e não 6....

O barão de Itu foi o principal fundador da Santa Casa de Misericórdia de Itu, doando consideráveis quantias e atuando na comissão encarregada de viabilizar o empreendimento. Foi o primeiro provedor da entidade.

Santa Casa de Miséricordia, Itu
Foto google street view



O Barão de Itu, faleceu em 09.02.1858 de molestia de rins (conforme o diario de Rio de Janeiro do 21.2.1858) e está enterrado na Capela São João de Deus da Santa Casa de Misericórdia de Itu, da qual foi um dos fundadores e primeiro Provedor (1840-58).
Leia aqui o necrologo que o honra com grande fervor Bento Paes de Barros mas...

que alude tambem à fortuna feita com o tráfico de escravos, occupação tão "normal" na época. 


JAZIGO DO BARAO DE ITU
Capela São João de Deus
Santa Casa de Misericordia Itu SP




Santa Casa de Miséricordia, Itu
Foto google street view






A fundação do Hospital de Santa Casa de Misericordia ganhava cada vez mais importância, Durante a visita do imperador Dom Pedro II, a obra do novo Hospital recebeu dele importante donativo de três contos de réis.

Descrevendo a cidade de Itu em meados do século XIX, antigos cronistas informavam que a imagem de São João de Deus da confraria da Misericórdia era procedente da Itália. A capela fica ao centro do nobre edifício do hospital, considerado o melhor da Província à época de sua construção. Franqueada ao público em 1867, a Santa Casa teve no Barão de Itu um de seus principais benfeitores, sendo responsável por seu funcionamento, as Irmãs de São José.

Filhos do 1° Barão de Itu e Leonarda de Aguiar

  • Gertrudes Aguiar Paes de Barros, (trisavó de Tiffany), falecida 06.09.1878 em são Paulo. Ela era casada com seu primo paterno, o Barão de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros, filho do capitão Francisco Xavier de Barros , irmão do 1° Barão de Itu
  • Leonarda de Aguiar (filha), casada com seu primo paterno Coronel Raphael de Aguiar Barros, 2° Barão de Piracicaba (filho do tio, Antonio Paes de Barros, 1° Barão de Piracicaba, e sua esposa Gertrudes Eufrosina de Aguiar, outra irmã do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar.) Dopo a sua morte, o viuvo Coronel Raphael de Aguiar Barros casou com Maria Joaquina de Mello Oliveira.
  • Anna Barros de Aguiar, casada com seu primo materno, João Tobias de Aguiar Castro (filho de Rafael Tobias de Aguiar e a Marquesa de Santos)
  • Dr. Rafael Aguiar de Barros (fundador do Jockey Club em São Paulo), casado com sua prima/sobrinha paterna Francisca de Azevedo Barros (neta de Escholastica Joaquina de Barros, irmã do Barão de Itu)
  • Dr. Antonio de Aguiar Barros, Marquês de Itu, casado com sua prima paterna Antonia de Aguiar Barros (filha do 1° Barão de Piracicaba, irmão do Barão de Itu)
  • Dr. Francisco Xavier de Aguiar, casado com sua prima/sobrinha paterna Dona Angélica de Souza Queiroz (neta de Genebra de Barros Leite, irmã do Barão de Itu)
  • Outros, segundo a Genealogia Paulistana: Maria 1, Maria 2, Bento 1, Bento 2, Raphaela, Antonio falecidos jovens ou bébé.

O sobrado em Itu

O sobrado que hoje abriga o Espaço Cultural Almeida Júnior (Secretaria
casa do Barão de Itu,
hoje Espaço Cultural Almeida Jr., Itu

Foto Google street view
Municipal da Cultura) foi de propriedade do 1° Barão de Itu.
Havia, em 1720, uma casa térrea onde residiam os temidos irmãos João e Lourenço Leme. Com o descobrimento de ouro em Cuiabá/MT, os Leme se tornaram ricos e ainda mais violentos: aterrorizavam a população com sua brutalidade e desafiavam até as imposições de representantes do governo português. Por ordem do governador da Capitania de São Paulo, Rodrigo Cezar de Menezes, foram perseguidos e mortos em 1722.

Mais de um século depois, em 1850, a antiga casa de estes "primos" Leme já não existia e o terreno foi utilizado  por o 1° barão de Itu (titulo recebido em 1846), abastadao fazendeiro e cap.-mor de Itu, para a construção do seu novo casarão  originalmente térrea situado na esquina da Rua Paula Souza. No censo de Itu de 1836 pode se ler que ele jà havia uma moradia no 2° quarteirão de Itu onde morava tambem seu irmão mais jovem, Antonio Paes de Barros, futuro barão de Piracicaba. Ainda não consegui onde foram estas moradias em 1836.
O novo prédio terrèo foi inaugurado em 1858. Mas o barão de Itu residiu pouco tempo  na casa, pois faleceu no mesmo ano de sua inauguração, em 1858.



casa do Barão de Itu,
hoje Espaço Cultural Almeida Jr., Itu
Foto google street view
Em 1881, após o falecimento da viuva, Leonarda de Aguiar,  baronesa de Itu, os filhos e herdeiros dela venderam o imóvel ao senador provincial, o advogado Francisco Emydio da Fonseca Pacheco. De acordo com um jornal da época, ele pagou a “insignificante quantia de 17 contos”, pois naquela época se dava pouca importância aos casarões remanescentes do apogeu do açúcar e do café. Quase todos os filhos jà haviam mudado para São Paulo e nâo tiveram interesse para este "velho" predio.
 Foi o advogado Francisco Emydio da Fonseca Pacheco que mandou construir o pavimento superior para abrigar sua familia. 
No final do século 19, o governo republicano de São Paulo comprou o sobrado, mandou executar reformas e, em 1896, nele instalou o Grupo Escolar Cesário Motta, um dos primeiros do estado.
Em 1989, quando o Grupo Escolar pioneiro já funcionava em outro local, o sobrado recebeu a denominação de Espaço Cultural Almeida Júnior, em homenagem ao notável pintor ituano.

Conforme ao decreto do 22 de decembre 2010, Art. 1,
O Espaço Externo localizado no Espaço Cultural Almeida Júnior,
passa a denominar-se: 

PÁTIO DE EVENTOS “BARÃO DE ITU” – BENTO PAES DE BARROS.


VIDEO DA CASA:


  

Como referam muitos jornais e internautas desde 2020, o sobrado foi degradado pela ação do tempo e estava fechado ao público para restauraçâo desde 2017. 
O edifício é um raro exemplar dos sobradões de meados do século XIX, e durante recentes inspeções, conduzias por técnicos do Museu de Arte Sacra, IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e da Secretaria Municipal, foi descoberto que o sistema construtivo do edifício foi realizado em Taipa Franco-Pombalina, tratando-se o caso de um documento arquitetônico preservado único em Itu e raríssimo em todo o Estado de São Paulo. 

Sobrado do em Itu SP, costruido por o 1° barâo de Itu e que hospedou o Espaço Cultural Almeida Júnior, mostra deterioriçao.
 foto da wikipedia 2020

a antiga casa do 1° barão de Itu em 1894  jà com o 2ndo pavimento, quando hospedou o gruppo Escolar Cesario Motta


sobrado costruido por o 1° barâo de Itu em Itu SP,
foto da wikipedia 2020. o casarão é bastante deteriorado.



o retro do antigo sobrado do 1° barâo de Itu em Itu SP, atualmente fechado (2022).
Talvez é este O Espaço Externo localizado no Espaço Cultural Almeida Júnior,
denominado

PÁTIO DE EVENTOS “BARÃO DE ITU” – BENTO PAES DE BARROS ? 
foto com google street view em 2022.



Itu e a familia Paes de Barros - de Barros Penteado 

Com o descobrimento de ouro em Cuiabá, no início do século XVIII, 
Itu 1831, Debret

a região ituana funcionou como trampolim para aquelas regiões interiores da colônia. Nos seus arredores eram organizadas as monções, expedições fluviais que abasteciam de víveres as minas, levavam e traziam homens e garantiam o fluxo do ouro. Parte dos capitais gerados com a atividade mineradora foi aplicada na compra de terras, escravos negros, plantio de vastos canaviais e montagem de engenhos, a partir de meados do século XVIII. O povoado de Salto de Ytu, como então se chamava, passou a integrar o quadrilátero do açúcar (delimitado por Mogi-Guaçu, Jundiaí, Sorocaba e Piracicaba), a mais rica região produtora daquele produto em São Paulo, situação que se estendeu pela primeira metade do século XIX. Nesta altura, havia mais de quatrocentos engenhos de açúcar e aguardente em São Paulo, cem dos quais na região ituana



Em 1760, já existiam cerca de 105 casas e mais uma rua, chamada da Palma . Nessa época, Itu se firma como entreposto de comércio na rota entre o sul do país e as regiões mineradoras de Mato Grosso e Goiás. A maioria das casas da Vila eram pequenas e habitadas por gente que pouco ou nada possuía. 
Alguns anos depois, em 1776, com o crescimento das lavouras do açúcar e do algodão, a Vila cresceu, contando com 180 casas, tendo ainda as mesmas ruas de antes. Quem dá vida à localidade são os artesãos (sapateiros, ferreiros, latoeiros, carpinteiros, tecelões, costureiras e fiandeiras); eles ocupam 119 casas. Os comerciantes interessados na venda de tecidos, colchas e cobertores para outras regiões, promovem o cultivo do algodão, e a produção caseira de tecidos. A partir de 1777, a Vila de Itu vai crescer em função dos negócios de exportação de açúcar para a Europa. O número de engenhos de cana e de escravos, agora vindos da África e não do sertão, se multiplicam. 

No fim do século a Vila achava-se á vanguarda da produção açucareira. Em 1798 a produção total da Capitania era de 152.840 arrôbas de acúcar. Só Itu nesse ano, produziu 16.635 quintais, o que equivale a 66.540 arrôbas, ou seja, mais de 1/3 do açúcar fabricado em São Paulo- estas quantidades faziam-na a mais opulenta área paulista no período". 
Foi em este epoca que Antonio de Barros Penteado em Itu e o Capitão Antônio Francisco de Aguiar de Sorocaba (ambos 5°s avós de Tiffany) estabelaram um pacto com o objetivo de instituírem uma estratégia matrimonial envolvendo as respectivas proles, de modo a beneficiar os patrimônios de ambas as famílias. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos. 
A família Aguiar tinha sua riqueza vinculada ao ciclo econômico do tropeirismo, que abarcava como atividades econômicas principais a comercialização de muares, criados na região sul do Brasil, a manutenção de um serviço de transportes baseado em tropas cargueiras e os negócios feitos com gêneros da terra para abastecimento de pontos remotos no interior do País. 
Enquanto a fortuna dos Paes de Barros, amealhada de início, no século XVIII, a partir de lavras de ouro, provinha agora das extensas terras dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar em Itu. Em razão da comercialização do gado muar, Sorocaba estava intimamente ligada às áreas mineradoras e às áreas açucareiras, estas situadas no Oeste paulista, entre as quais se destacava a vila de Itu.
A estratégia de entrelaçar fortemente as duas famílias por meio da instituição do casamento tinha, portanto, como objetivo básico, reforçar o poder político e a abastança das famílias, já que, naquela época, os Aguiar enfrentavam problemas com os Silva Prado.




Comarca de Itu

Ouvidoria foi criada em 1811 pelo príncipe regente
Foi por meio de alvará régio, datado de 2 de dezembro de 1811, que se deu a criação da Ouvidoria de Itu/SP, a última em território paulista antes da extinção da instituição em todo o Brasil. O príncipe regente D. João determinou, na ocasião, que a Vila de Itu fosse a sede da Comarca e compreendesse
as Vilas de 
·        Sorocaba,
·        São Carlos (atual Campinas),
·        Mogi Mirim,
·        Porto Feliz,
·        Itapetininga,
·        Itapeva e
·        Apiaí,

todas localizadas no Estado de São Paulo.
Em 17 de dezembro de 1811, ocorreu a nomeação do primeiro ouvidor geral e corregedor da Ouvidoria de Itu, Miguel Antonio de Azevedo Veiga. De acordo com registros do historiador ituano Francisco Nardy Filho, combatia o tráfico e o cativeiro de índios e escravos. Effeitivamente Miguel Antonio de Azevedo Veiga foi casado com  Escholastica Joaquina de Barros, irmã de Bento Paes de Barros !  De Miguel e Escholastica descende Francisca, a esposa do Dr. Raphael de Aguiar Barros (filho de Bento Paes de Barros), supra.

A Jurisdição da Comarca de Itu ia de Franca a Curitiba.
Até 1838, a Comarca de Itu abrangia as cidades de Itu,Capivari, Constituição (Piracicaba), Araraquara, São Roque, Sorocaba, Itapetininga, Itapeva e Apiaí, além das Freguesias (Vilas menores) de Cabreúva, Indaiatuba, Capivari de Cima (Monte Mor), Pirapora (Tietê), Limeira, Ribeirão Claro (Rio Claro), Pirassununga, Una (Ibiúna), Campo Largo de Sorocaba (Araçoiaba da Serra), Tatuí, Paranapanema (Capitão Bonito), Iporanga e as localidades de Santa Bárbara e Ipanema.
Nesta época, Itu era a Vila mais rica de toda a Província, tendo (desde o início do século) importante participação na vida política e econômica. Em 1857, um ano prima de morte do 1° barâo de Itu, a Vila foi elevada à condição de cidade.


Textos e fontes:
  • livro "Quintal de fabrica" e varios textos por Anicleide Zequini, historiadora, Museu Convenção de Itu,
  • Prefeitura de Estancia turistica de Itu
  • campoecidade.com.br
  • livros de igreja cattolica (batismos, casamentos, obitos)

Obrigada IVAN ANKER pelas fotografias do Jazigo !

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Itu e Sorocaba, origens de familia

Atuazlizado em 1 de março 2015 por Tiffany Bühlmann

Vista da cidade de Itu, Jean Baptiste Debret, 1831
<<Muito provavelmente, o Capitão Antônio Francisco de Aguiar  de Sorocaba, casado com Gertrudes Eufrosina Aires,(5°s avós de Tiffany) filha do tenente-coronel Paulino Aires de Aguirre e Ana Maria de Oliveira estabeleceu um pacto com o Capitão Antônio de Barros Penteado, de Itu, marido de Maria Paula Machado, (5°s avós de Tiffany), com o objetivo de instituírem uma estratégia matrimonial envolvendo as respectivas proles, de modo a beneficiar os patrimônios de ambas as famílias. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos.

Coronel Antonio Francisco de Aguiar
casado com Gertrudes Eufrozina Ayres (5° avós de Tiffany) arrematador, durante quase toda a sua vida, de diversos impostos, amealhou considerável patriomônio ao longo dos anos Teve apenas um filho homem, o famoso brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (4° tio-avó de Tiffany), importante homem da política provincial nas primeiras décadas do Império. O Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1793-1857), por muitos anos grande líder do Partido Liberal, por duas vezes presidente da Província (1831-1835 e 1840-1841), por exemplo, deixara de sua união com a Marquesa de Santos (1797-1867) quatros filhos.

Para tanto, Antonio Francisco de Aguiar deu duas de suas filhas, irmãs de Rafael Tobias de Aguiar futuro brigadeiro, em casamento a filhos solteiros de Antonio de Barros Penteado.

Assim, em 1819, Gertrudes Eufrosina de Aguiar consorciou-se com Antônio Paes de Barros, futuro Barão de Piracicaba. A sua irmã, Leonarda de Aguiar, (1808-1881) com Bento Paes de Barros (1788-1858), futuro Barão de Itu e 4°avós de Tiffany. Mais tarde, em 1827, outra irmã de Leonarda e Gertrudes, Rosa de Aguiar (1811-1847), consorciou-se com Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba (ca.1794-1875), irmão de Be
nto e Antônio, e tambem 4° avô de Tiffany.

Depois de falecida, o viúvo, capitáo Chico, casou-se com outra irmã Aguiar, de nome Anna Fausta Maria de Jesus Aguiar. Temos assim quatro irmãs Aguiar casadas com três irmãos Paes de Barros. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos.

A familia Paes de Barros, natural de Itu, grande produtora de açucar era jà muito rica. O tombamento de Itu em 1817 organizado pelo cap.mor da vila Vicente da Costa Goes e Aranha informa que em Itu foram arolados 136 engenhos, 400 lavradores e 3’317 escravos.
Entre os mais importantes senhores de engenho està Antonio de Barros Penteado, então jà sogro do brigadeiro Luiz Antonio de Souza.
Antonio de Barros Penteado (1742-1820) foi casado com Maria Paula Machado, ( filha do capitao-mor Jorge Velho e Genebra Maria Machado) que tivem 8 filhos. A segunda  filha nascida em 1785 foi Genebra de Barros Leite (1782-1836) que em 1797 casou com só 14 anos o brigadeiro de Souza mais velho de 25 anos..(1760-1819). 

Antonio de Barros Penteado foi filho de Fernao Paes de Barros e Angela Ribeiro de Cerqueira. Com os seus irmãos José e Francisco foram para as minas de Ouro em Mato Grosso, particularmente na de “Melgueira”. Antonio e José compraram terras em Itu e Capivari e Francisco se estabeleceu em Vila Boa de Goes e tive familia ai. Sobre a descendencia de Francisco refere Silva Leme na Genealogia Paulistana em 1905 "ficou morando em Villa Boa de Goyaz, onde casou-se e deixou f.ºs. :D'este é bisneto o governador de Mato Grosso coronel Antonio Paes de Barros"  (Luiz Gonzaga da Silva Leme em 1905: Cap- III, tit. Penteados. pag. 376)

Como refere Taunay livro III pag. 70, na fazenda campos Eliseos em Itu do Antonio de Barros Penteado  foram registrados 100 escravos e igual numero nos 2 fazendasGramãdo” e “São Joõa” e de “sua esposa” Dona Angela de Ribeiro e Cerqueira que depois nâo foi sua esposa mas sua filha como refere Silva Leme na Genealogia paulistana.

A familia de Antonio Francisco de Aguiar, natural de Sorocaba, arrematador de diversos impostos, amealhou considéravel patrimonio ao longo dos annos. Por radicar-se em Sorocaba, é fácil deduzir que a família Aguiar tinha sua riqueza vinculada ao ciclo econômico do tropeirismo, que abarcava como 
Sorocaba 1864

foto por carlos nicomedes


atividades econômicas principais a comercialização de muares, criados na região sul do Brasil, a manutenção de um serviço de transportes baseado em tropas cargueiras e os negócios feitos com gêneros da terra para abastecimento de pontos remotos no interior do País.

Enquanto a fortuna dos Paes de Barros, amealhada de início, no século XVIII, a partir de lavras de ouro, provinha agora das extensas terras dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar em Itu. Em razão da comercialização do gado muar, Sorocaba estava intimamente ligada às áreas mineradoras e às áreas açucareiras, estas situadas no Oeste paulista, entre as quais se destacava a vila de Itu, elevada à condição de cidade conjuntamente com Sorocaba em fevereiro de 1842.

A estratégia de entrelaçar fortemente as duas famílias por meio da instituição do casamento tinha, portanto, como objetivo básico, reforçar o poder político e a abastança das famílias, já que, naquela época, os Aguiar enfrentavam problemas com os Silva Prado:

Antônio da Silva Prado, futuro Barão de Iguape, administrava então o Registro de Animais de Sorocaba, e essa atividade era um foco de constantes atritos com os Aguiar. Como cobrador de novo imposto, entáo colocado por Antonio da Silva Prado, entretiveram alcunos conflitos sobre os procedimentos de essa arredacao, como sobre menzionado.
Sucedendo ao pai, o brigadeiro Rafael Tobias (casado com a Marquêsa de 
Santos, Domitilia de Sousa e Castro em 1842), manteve uma rivalidade ainda maior do pai com Antonio da Silva Prado por causa da cobrança dos impostos promovido por este que se estendeu tambem sobre os seus parentes Paes de Barros.

Os casamentos realizados entre os Aguiar e os Paes de Barros também iriam facilitar o desenvolvimento das respectivas atividades econômicas, pois um lado da família se encarregaria de providenciar o meio de transporte apropriado para que a produção agrícola proveniente das fazendas que o outro lado da família explorava em Itu chegasse segura ao porto de Santos. (A familia tem parentesco com os Costa Aguiar em Santos)

Francisco Xavier Paes de Barros,
4° avó de Tiffany, foi comandante da Guarda Nacional e membro do Partido Liberal: Participou com o seu irmão Bento Paes de Barros tambem 4° avó de Tiffany, da Revolução de 1842 ao lado de Rafael Tobias de Aguiar, governador de S. Paulo. Foram presos mas depois anistiados. Francisco Xavier, apelidado mais tarde de Capitão Chico Sorocaba, transferiu-se depois para Santos, casando-se, com duas irmãs Aguiar. (Rosa e Anna). A mudança de domicílio estava certamente ligada aos interesses familiares mantidos nessa localidade.

Sob o ângulo da familia Paes de Barros, o planejamento dos casamentos é ainda mais amplo. Além dos três filhos já citados, havia também Anna Joaquina de Barros, primeira filha do casal Antonio de Barros Penteado (1781-1837), que casou-se com João Xavier da Costa Aguiar, membro de influente clã santista, e que era o correspondente comercial de seu sogro (Antonio de Barros Penteado).

Outra filha , Maria de Barros Leite (1804-1899), foi casada com o senador e conselheiro do Império Francisco de Paula Sousa e Mello, ituano com livre trânsito nos meios politicos da Corte. (Deles descende o engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, neto materno do 1° Barao de Piracicaba, 4° tio-avó de Tiffany)

Três outras filhas contraíram matrimônio com figuras de vulto: Angela Ribeiro de Cerqueira (1799- ?), com José Manuel de Mesquita, um dos maiores negociantes de escravos do Oeste Paulista; Escolástica de Barros, com o ouvidor português Miguel de Azevedo Veiga; Genebra de Barros Leite (1784-1836), com o brigadeiro Luis Antônio de Sousa e em 2° nupcias, com José da Costa Carvalho, futuro Marquês de Monte Alegre e Presidente da Provicia.

Isso o nucléo de familia Paes de Barros e Aguiar de Itu e Sorocaba. Uma familia potente e rica que quando cominciou a estabelcer-se na cidade de São Paolo já encontrou formada na cidade uma ampla rede familiar de apoio.

"Podia contar com a lealdade dos parentes e contraparentes paulistanos, tanto do ponto de vista social, quanto do econômico e também do político" (Eudes Campos).>>


Textos em parte de:

Viver e sobreviver em uma vila colonial - Sorocaba, séculos XVIII e XIX" Carlos de Almeida Prado Bacellar, 2001)
 e
"Os Pais de Barros" por Eudes Campos, no AHM 2008. ano 3, n° 16 (Aquivio histórico municipal São Paulo)

Bibliografia :
Historia do café, Taunay livro III
Genealogia Paulistana, Silva Leme
O Quintal de Fàbrica , Anicleide Zequina
Um lavrador Paulista do tempo do império;Maria Celestina  T. M. Torres Istituto Historico Geografico Piracicaba
Rio Claro seicentesqua (pdf) Museo Historico e Pedagocico Amador Bueno da Veiga
Contribuiçâo ao estudo de formação de empresario Paulista (pdf), Zelia Maria Cardoso de Mello
Genealogia Paulistana, Silva Leme



Ascendencia segundo a genealogia paulistana:

Pedro Vaz de Barros c/c Luzia Leme, Pais de:

Antonio Pedroso de Barros c/c Maria Pires de Medeiros, pais de:

Pedro Vaz de Barros neto c/c Maria Leite de Mesquita, pais de:

Beatriz de Barros c/c Manoel Correa Penteado, pais de:

Fernao Paes de Barros c/c Angela Ribeiro Leite, pais de:

Antonio de Barros Penteado, José de Barros Penteado, Francisco de Barros Penteado, Maria de Cerqueira Paes, Anna, freira Ana Mathilda, Custodia Celia de Cerqueira, Maria Rosa de Cerqueira Camara.

Os três irmãos, Antonio, José e Francisco foram em Minas onde encontraram ouro. Antonio e José estabiliceram-se em Itu onde compraram terras e Francisco mudou para 
Villa Boa de Goyaz onde casou.

filhos de Antonio de Barros Penteado (Itu) e Maria Paula Machado 

Anna Joaquina de Barros (1781-1837) c/c em 1797 Joao Xavier da Costa Aguiar, membro de influente clã santista, e que era o correspondente comercial de seu sogro. 

- Genebra de Barros Leite (1782-1836) c/c em 1799 1.Brigadeiro Luiz Antonio de Sousa, fidalgo, enriquecera comerciando com o Mato Grosso. Depois adquiriu inúmeros engenhos de açúcar, que administrava a partir da cidade de São Paulo, vindo a constituir a maior fortuna paulista nas primeiras duas décadas do século) XIX. 2. vez casou-se Genebra com José da Costa Carvalho, futuro Marques de Monte Alegre e Presidente da Provincia
- Escholastica Joaquina de Barros (1786-1874) c/c em 1817 Dr. Miguel Antonio de Azevedo Veiga, ouvidor portugues, primeiro ouvidor e corregedor-geral em Itu foi Miguel Antonio de Azevedo Veiga, nomeado a 17 de dezembro de 1811, depois de exercer o cargo de ouvidor da Comarca de São Paulo. Português de nascimento, bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra, Azevedo Veiga morreu em Itu a 29 de maio de 1818. O historiador ituano Francisco Nardy Filho assegura que a comarca de Itu era a mais movimentada de todas as capitanias, em razão de ter o governador de São Paulo ordenado que todos aqueles que recebessem índios vindos dos sertões de Cuiabá registrassem o termo de tutela diante do ouvidor da comarca de Itu. Três anos após a sua criação, a comarca tinha sob sua jurisdição oito vilas, quinze freguesias e a Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema.

- Bento Paes de Barros, Barão de Itu (1788-1858) c/c em 1920 Leonarda de Aguiar, fazendeiro, capitão-mor de Vila de Itu. Agraçiado com o titulo de Baraão de Itu em 1846, o primeiro Ituano que recebeu titulo de nobreza.Participou ao lado de seu irmão Francisco Xavier Paes de Barros da Revolução de 1842 liderado do seu cunhado o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar

- Capitão Antonio Paes de Barros, Barão de Piracicaba (1791-1876) c/c em 1819 Getrudes Eufrosina de Aguiar, fazendeiro de café em Rio Claro, um dos fundadores de Rio Claro. Foi Deputado as Côrtes Constituintes Portuguezas.foi o 1º á apresentar ao Governo o projecto para uma Estrada de Ferro de Santos á Rio Claro. Era Official da Imperial Ordem da Rosa. O titulo de Barão de Piracicaba lhe foi concedido em 1854

- Joaquim Floriano de Barros (ca 1796-1831) c/c em 1819 sua sobrinha Elisa Guilhermina Mesquita, filha de sua irmã Angela Ribeiro de Cerqueira.

 - Francisco Xavier Paes de Barros (1794-1875) o capitão "Chico de Sorocaba" c/c com 1. nupcias: Rosa Candida de Aguiar, (pais do Barão de Tatui), irmâ de Rafael Tobias de Aguiar e de Leonarda de Aguiar, esposa do Barão de Itu, , 2. nupcias: Ana Fausta Maria de Jesus de Aguiar, irmâ de primeira esposa, 3. nupcias: Andreza de Oliveira. Com o seu irmão Bento participou da Revolução de 1842 liderado do seu cunhado o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar

Angela Ribeiro de Cerquiera (1799-?) c/c em 1795 José Manoel de Mesquita, 

- Maria de Barros Leite (1804-1898) c/c Francisco de Paula Sousa e Mello, (senador e conselheiro do Imperio, ituano com livre transito nos meios politios da Corte).